Tríduo Pascal

«Exorto-vos a viver intensamente estes dias, para que eles orientem decididamente a vida de cada um para a adesão generosa e convicta a Cristo, morto e ressuscitado por nós» (Bento XVI).

No final da quaresma, vivemos a Semana Santa, ocasião para vivenciar os últimos acontecimentos que antecedem a Paixão e morte do Senhor Jesus, envolvidos da experiência dolorosa e dramática, até ao ponto de, humanamente, se poder perguntar se foi abandonado pelo próprio Deus. Um dos que estava com Ele à mesa, na maior intimidade, o havia de entregar (Judas Iscariotes) e Pedro, pouco tempo depois, "antes do galo cantar", o negaria três vezes.
A celebração do Tríduo Pascal é o centro do ciclo da Páscoa e também de toda a Liturgia e da vida da Igreja.

O tríduo tem início com a QUINTA-FEIRASANTA onde celebramos a Instituição da Eucaristia, o dom do Sacerdócio e recebemos o Mandamento Novo: "Amai-Vos uns aos outros como Eu vos amei". Na fração do pão, o próprio Jesus faz-se alimento para o homem pecador que não desiste de se querer levantar para continuar a caminhar na presença de Deus, rumo à eternidade.

A SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO, momento derradeiro que testemunhamos a morte de Jesus na cruz, convida-nos a acompanhar os passos do sofrimento de Cristo pela nossa Salvação. “Nós temos a possibilidade de tomar, neste dia, a decisão mais importante da vida, aquela que nos abre de par em par as portas da eternidade: acreditar! Acreditar que ‘Jesus morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação’ (Rom 4, 25).

No SÁBADO SANTO, a Igreja inteira permanece à espera junto do túmulo do Messias, sacrificado na Cruz. Espera e reza, ouvindo novamente as Escrituras que falam da história da salvação. Depois do pôr do sol, somos convidados a entrar em Vigília de Oração, fortemente marcada pela escuta demorada da Palavra de Deus, terminando com a celebração Eucarística, na qual renovamos as nossas promessas batismais e professamos solenemente a fé da Igreja.

A EXPERIÊNCIA DA PÁSCOA, ponto central da nossa fé, mostra a realidade do plano de Salvação: Deus enviou o Seu Filho amado ao mundo não para condenar o mundo mas para que o mundo seja salvo. Pelo mistério pascal, Jesus mostra-nos o caminho trilhado pelo amor no sofrimento que frutifica abundantemente e provoca a própria Ressurreição.

Vivamos intensamente o Tríduo Pascal para que o Domingo de Páscoa seja verdadeiramente o Dia de Cristo Ressuscitado, desejando que esse dia nunca chegue ao seu termo.

"EIS O DIA QUE FEZ O SENHOR. NELE EXULTEMOS E NOS ALEGREMOS"!!!

 

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