CELEBRAÇÃO DO PENTECOSTES E CRISMAS NA CIDADE DE BEJA

A Festa do Pentecostes, originariamente entre o povo judaico, Festa de acção de graças pela colheita de trigo na Palestina e celebração da Aliança no Monte Sinai (Dez Mandamentos), continuou a ser celebrada pelos cristãos como a Festa do Espírito Santo, dom de Deus à Sua Igreja.

A Igreja deve a sua origem à vontade de Cristo e à obra do Espírito Santo, sem o qual não se teria lançado na realização do mandato de Cristo: “Ide e ensinai todos os povos, baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto Vos mandei”.

Conforme é habitual, a celebração do Pentecostes centralizou-se principalmente na Sé Catedral de Beja, na qual o Senhor Bispo D. João Marcos, presidiu às celebrações principais: Vigília de Pentecostes e, na tarde de Domingo, celebração do Sacramento do Crisma ou Confirmação.

 

VIGÍLIA DE PENTECOSTES

Na noite de 08 de junho (a partir das vinte e uma horas e trinta minutos), sob a Presidência de D. João Marcos, Bispo de Beja, teve início a celebração da Eucaristia da Vigília de Pentecostes, tempo para a escuta demorada da Palavra de Deus, conforme proposta oficial da Igreja. Nela participaram cerca de cento e cinquenta fiéis.

Quando os cristãos resistem à tentação da dispersão e se reúnem com o seu Bispo e/ou para a celebração da mesma Eucaristia, dão um testemunho vivo de que são uma Igreja de confirmados na fé ou, o mesmo é dizer, uma Igreja disponível para que nela se realize a obra do Espírito Santo.

No espaçoso templo, com espaços disponíveis para muitos mais fiéis, houve verdadeiramente Vigília de Pentecostes, cujos frutos se manifestarão num tempo que só Deus conhece.

FESTA DO PAI NOSSO

No Domingo, nove de junho, a partir das onze horas e trinta minutos, na Missa da comunidade de Santiago Maior (Sé), decorreu a celebração da Festa do Pai Nosso  de um grupo de crianças do 1º ano de Catequese que, embora reduzido em número, é sinal de esperança para todos quantos, no Espírito, chamamos a Deus “Pai Nosso".

 

CELEBRAÇÃO DE CRISMA

 Com a Igreja repleta de fiéis, a partir das dezassete horas, teve início a celebração da Eucaristia, presidida pelo Senhor Bispo, D. João Marcos, e concelebrada por nove Padres.

Nesta celebração, digna do Dia de Pentecostes, foram crismados setenta e seis fiéis, com idades, compreendidas entre os quinze e os oitenta e três anos de idade, provenientes de diferentes Paróquias: Alfundão (1), Cuba (5), Garvão (3), Messejana (2), Odemira (4), Ourique (15), Santíssimo Salvador de Beja (6), Santa Clara do Louredo (1), Santiago Maior (16), S. João Baptista (21), e Vila Nova da Baronia (2). De referir que vinte e um crismados são do sexo masculino e cinquenta e cinco do sexo feminino.

Pelo que observamos, para além da preparação próxima da celebração, é indispensável a preparação demorada dos crismandos, pela catequese e celebração da fé, ao longo de vários meses ou anos. Começa-se a preparação, normalmente, por diferentes motivos mas, quando levada a sério e sem pressa, no final, há idênticas vivências ou expressões do que de novo aconteceu: disponibilidade e abertura ao mistério celebrado, silêncio interior e exterior, emoção, alegria pela celebração desta etapa, sinal de que se está iniciado na vida cristã, paz, compreensão, bondade e vontade de continuar a contar com a Igreja para alimentar e celebrar a fé cristã.

Apesar do número dos crismandos (76), a celebração decorreu com total normalidade e num tempo inferior ao que alguns, possivelmente, esperariam, tendo terminado às 19 horas.

 Parabéns aos agora Crismados, pelo desafio que aceitaram em preparar demoradamente este dia. As comunidades cristãs alegram-se com todos e desejam que os dons do Espírito Santo continuem a frutificar abundantemente na vida de cada um. Para que tal aconteça, será necessário provocar, no futuro próximo, ocasiões de encontro nos espaços da Igreja, sem esquecer que a reunião por excelência é a celebração da Eucaristia.

Novais Pereira

 

 

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