11 de Julho - Igreja Catedral Beja
Integrado no primeiro Ciclo "Música nas Catedrais", entre 28 de junho e 26 de Julho, realizou-se no dia 11 de Julho, a partir das 21h.30m um concerto pelo Coro do Teatro Nacional S. Carlos, composto por 40 elementos, com a Direção musical de Giovanni Andreoli e acompanhamento ao Piano por Kodo Yamagishi. Tendo como Solistas do Coro do Teatro Nacional de São Carlos, Raquel Alão (Soprano), Ana Ferro (Meio-Soprano), João Queiroz (Tenor), Carlos Pedro Santos (Barítono) e Nuno Dias (Baixo), interpretaram obras de Giuseppe Verdi (Nabucco, I Lombardi alla prima crociata e Forza del Destino); Pietro Mascagni (Cavalleria Rusticana e Iris); Alfredo Keil (Dona Branca); Gioachino Rossini (Mosè in Egitto) e Giacomo Puccini (Tosca). Esteve presente a Diretora Geral do Património Cultural, Arquiteta Paula Silva. Trata-se de uma excelente iniciativa do Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja, em colaboração com as Catedrais que aceitaram o convite, e a Direcção-Geral do Património Cultural, em favor da divulgação da música, proporcionando acontecimentos artísticos raros. Na realização desta iniciativa, enquadrada no projeto nacional Rota das Catedrais, estão a ser contempladas oito cidades do país: Santarém (28/06); Beja (11/07); Elvas e Faro (12/07); Viseu (19/07); Braga (25/07); Miranda do Douro e Leiria (26/07). O evento é coordenado pelo Teatro Nacional de São Carlos, e os concertos são assegurados através do seu Coro, da Orquestra Clássica do Sul, da Orquestra Filarmonia das Beiras e da Orquestra do Norte. A Vivência do Concerto O Coro do Teatro Nacional de São Carlos, um dos pilares artísticos da única instituição que no nosso país se dedica há mais de dois séculos ao género lírico, propôs uma deambulação pela ópera romântica italiana, sublinhando o facto de a religiosidade ter assumido na mesma uma particular importância. Depois de alguns coros verdianos, seguiu-se música de alguns outros maiores compositores italianos de ópera do século XIX: Pietro Mascagni (com dois hinos ao divino - o Innegiamo, de Cavalleria Rusticana e o Hino Ao Sol, da menos conhecida ópera Iris); Gioachino Rossini (génio risonho, um dos mais cantados em São Carlos, mas que ouvimos na sua vertente trágica); Giacomo Puccini (com o Te deum que encerra o I ato da sua ópera Tosca, que decorre em Sant’Andrea della Valle). O concerto terminou com mais uma peça de Giuseppe Verdi que deixou na força expressiva dos coros algumas das páginas mais arrojadas da sua obra: o universalmente amado e sempre atual Va pensiero, canto de dor de gentes oprimidas e afastadas à força da sua terra natal.