Leituras

  •  Ao longo deste Tempo da Páscoa, a liturgia vai-nos descobrindo diferentes realida-des sacramentais, no sentido em que nos permitem perceber como se torna presen-te o Senhor no «hoje» da Igreja. Este domingo convida-nos a observar a missão pas-toral da Igreja como presença do Ressuscitado. Jesus confiou à Igreja o anúncio da Boa Nova da Ressurreição, mas não sem a sua implicação nem a sua presença. No evangelho escutamos que a pesca dos discípulos concluía com um estrepitoso fra-casso. É a imagem da Igreja auto-referencial. Uma Igreja que não tenha Cristo como princípio e fim do seu ser e da sua tarefa no mundo, não poderá ser sacramento do Ressuscitado e o seu ministério evangelizador será baldio. É a presença do Ressusci-tado que converte o desastre em êxito extraordinário. «Lançai a rede». O imperativo do Senhor continua a ressoar na comunidade dos discípulos, geração após geração, como sinal de que, a sua participação pessoal, liberta a Igreja da tentação de se constituir numa instituição secular ou mundana. O Senhor não Se desliga da tarefa evangelizadora da Igreja. Por isso, temos de realizar a nossa missão a partir de uma confiança serena. Mas a confiança não abunda entre nós que nos sentimos em cam-po aberto, lutando à noite, inclusive com a falta da ténue luz da lua que oriente os nossos esforços, e sem que obtenhamos resultados visíveis.

    03/05/2019
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  • Sé de Beja, 1 de maio de 2019

    Ordenação de Diáconos Permanentes

     

    1 – Em tudo o que fizerdes ponde a vossa alma, como quem serve ao Senhor e não aos homens. (…) Servi a Cristo, o Senhor (Col 3,24)!

    Reverendos Cónegos, caríssimos padres, diáconos e seminaristas, caros religiosos e religiosas, queridos irmãos que hoje sereis ordenados diáconos, e vós todos, irmãos e irmãs que encheis as naves da Sé de Beja neste dia primeiro de maio, solenidade do padroeiro da nossa diocese, S. José:

    Em tudo o que fizerdes ponde a vossa alma, como quem serve ao Senhor e não aos homens. (…) Servi a Cristo, o Senhor (Col 3,24)!!

    01/05/2019
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  • A Ordenação de quatro novos Diáconos Permanentes para o serviço na Igreja diocesana de Beja (1 de Maio de 2019, na Igreja Catedral), vem lembrar a necessidade de refletirmos sobre a missão dos diáconos na Igreja, pois deste modo podemos ter ideias mais corretas sobre o que deles esperamos, bem como sobre a formação dos que já o são e daqueles que virão a ser os próximos candidatos.

    30/04/2019
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    28 de Abril de 2019

    IN ALBIS

    Regenerados pela graça, vestidos de branco, como corresponde àqueles que rece-beram a luz de Cristo ressuscitado no Baptismo, reunimo-nos na casa da Igreja. E deixamos que a luz da ressurreição nos ilumine. Revestidos de Cristo ressuscitado, abandonamos o templo para sermos sinais da luz que irradia da sua vitória sobre a morte. Na minha modesta opinião, é uma pena que a celebração da Divina Miseri-córdia vá eclipsando esta dimensão baptismal-pascal deste domingo.

    BAPTISMO

    Na sua maioria, as famílias reagem mal a celebrar o Baptismo dos seus bebés na Vi-gília Pascal. Torna-se-lhes incómodo e, além disso (pelo que parece, o que é mais grave) rompe com o esquema de que o Baptismo deve estar acompanhado de um banquete festivo. Por isso, este domingo pode ser muito apropriado para o celebrar no quadro da Eucaristia. Assim ficará mais evidente a relação entre ambos os sa-cramentos com a Páscoa do Senhor. O Baptismo é o selo da Páscoa que recebemos uma só vez, para ficarmos marcados de maneira indelével. E a Eucaristia, memorial da Páscoa, renova em nós de maneira constante as sequelas deste sinal.

    DIVINA MISERICÓRDIA

    26/04/2019
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    A alegre boa nova que as mulheres levaram aos discípulos e eles testemunharam, continua a ecoar na Igreja e a ressoar por todo o mundo: não está entre os mortos. Aquele que vive, ressuscitou o Senhor Jesus!

    A alegria da ressurreição contagiou vidas, incendiou corações e transformou realidades ao longo da história. Continua hoje a ser impulso de vida na Igreja! Também nós, Família CPM, nos sentimos movidos por este impulso e animados pela vida nova de Cristo ressuscitado. Que outra razão nos moveria senão a certeza que nos habita a Páscoa de Cristo, nos queima por dentro e provoca, como a São Paulo, a ponto de reconhecermos que não podemos calar o que vemos e ouvimos! "Ai de mim se não anunciar o Evangelho".

    Possamos, assim, nesta Páscoa, ver renovada a missão de continuar, junto dos noivos e das famílias, a ser testemunhas da vida de Cristo, contagiar e conquistar para a experiência feliz desta vida pascal quantos o Senhor Ressuscitado nos dispõe como missão.

    A Direção Nacional do CPM-Portugal

     

    22/04/2019
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    Túmulo vazio
  • Catedral de Beja, 21 de Abril de 2019

    Senhores Padres e Diáconos, caros Seminaristas, Religiosos e Religiosas, todos vós meus irmãos:

    1 – O Senhor ressuscitou!
    Neste dia de Páscoa, ressoa por todo o mundo este brado que também eu quero fazer chegar aos vossos ouvidos e ao vosso coração, queridos irmãos aqui presentes: para ti, para nós, para todos aqueles que são escravos do medo de morrer, o Senhor venceu a morte,o Senhor ressuscitou verdadeiramente!
    Como podemos ler no Evangelho de Lucas, já era noite, já tinha passado aquele primeiro dia da semana cheio de interrogações e de surpresas, e os apóstolos e aqueles que estavam com eles, depois de escutarem maravilhados a narração dos discípulos de Emaús, disseram:É verdade! O Senhor ressuscitou, e apareceu a Simão!

    21/04/2019
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    Catedral de Beja, 20 /04/ 2019

     

    Senhor Padre Provincial dos Capuchinhos, senhores Cónegos, reverendos Padres, queridos Religiosos e Religiosas, Seminaristas, todos vós meus irmãos e filhos no Senhor:

    1 –É noite de Páscoa!

    As trevas desta noite são iluminadas por esta luz pequenina do Círio Pascal, luz que, transmitida às velas da assembleia, iluminou a Igreja toda. A luz do Círio Pascal é símbolo de Cristo, luz do mundo, ressuscitado dos mortos. Como Ele próprio afirmou, Ele éa luz do mundo e quem O segue, não anda nas trevas.As trevas são o nosso pecado. Para nós, pecadores, resplandece a luz de Cristo, brilha nesta noite a manifestação da Sua vitória sobre a morte, sobre a nossa morte. Unidos a Ele pela fé, tornamo-nos participantes da Sua natureza divina que nos dá a graça de vivermos a partir d’Ele e para Ele, assim como Ele vive a partir do Pai e para o Pai, no mesmo Espírito.

    21/04/2019
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  • Homilia de Sexta-feira Santa

    Sé de Beja, 19/o4/19

     

    Reverendo Senhor Padre Provincial dos Capuchinhos, Senhores Cónegos, Padres e Diáconos, Religiosos e Religiosas, Seminaristas, e fiéis leigos:

    Estamos reunidos na Igreja Mãe desta diocese, neste dia em que não há Eucaristia. Estamos reunidos para comemorar a Morte do Senhor Jesus Cristo. Os paramentos são vermelhos, porque se trata do martírio do Filho de Deus, feito Homem por nosso amor. O seu martírio, fonte da graça e do perdão, é o lugar do nascimento da Igreja, nossa Mãe. Convido-vos, irmãos, a meditar em alguns aspetos deste mistério admirável, fonte de vida eterna para todos nós que acreditamos e vivemos a vida do Filho de Deus crucificado e ressuscitado.

    1 – Contemplando Cristo crucificado, a primeira constatação pode ser esta: os pensamentos de Deus são muito diferentes dos nossos, e os seus desígnios absolutamente incompreensíveis para nós. Quem poderia imaginar que a salvação do mundo viria da morte do Filho de Deus crucificado? S. Paulo, o fariseu que tinha posto a sua glória no cumprimento exaustivo da Lei, diz-nos que tudo aquilo que dantes tinha sido para ele motivo de enaltecimento o considerava como lixo perante o conhecimento de Jesus Cristo e da Sua sabedoria manifestada na Cruz. Ele escreve aos Coríntios, lembrando-lhes como chegou a essa cidade, depois do fracasso que teve em Atenas, onde pregou com a sabedoria da sua admirável cultura:

    20/04/2019
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  • Homilia na Quinta-feira Santa – 2019

    Sé de Beja

    Não podemos ser cristãos sem a Eucaristia e sem o domingo, sem celebrarmos neles o memorial da Páscoa do Senhor. Como me entristece verificar como é diminuta nesta diocese a participação dos fiéis nas nossas Eucaristias!

     

    Com esta celebração da Última Ceia de Cristo Senhor, caros padres, diáconos, religiosos, seminaristas e fiéis, entramos nas Celebrações Pascais deste ano. Entremos, alargando o coração até às medidas do horizonte de Cristo, sugeridas neste passo do Evangelho agora proclamado.

    1 - Chegado a este momento da Ceia e do Lava-pés, Jesus tem consciência clara de que chegara a Sua Páscoa, a Sua hora de passar deste mundo para o Pai; de que o Pai lhe concedera toda a autoridade e que, como homem e como Filho, saíra de Deus e para Deus voltava. Na Sua sabedoria, Jesus está situado: sabe Quem é e qual é a Sua missão, sabe também de onde veio e para onde vai. Sabe qual é a vontade do Pai a seu respeito e quer realizá-la até ao fim: manifestar e oferecer ao mundo a Sua Vida Divina, ocupar o último lugar como Servo de todos, amando-nos e dando a Sua Vida pela nossa Redenção, pela salvação de todo o mundo. É assim que vemos o Senhor tirar as Suas roupas e começar a lavar os pés aos discípulos.

    19/04/2019
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  • INTRODUÇÃO

    Oiçamos S. Paulo na Carta aos Efésios 1, 3- 23.

    18/04/2019
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  • Homilia na Missa Crismal

    Quarta-feira Santa, 17 de Abril de 2019

     

    Sr. Vigário Geral, Srs. Cónegos, queridos Padres e Diáconos, Reverendos Padres Capuchinhos, Religiosos e Religiosas consagrados ao Senhor, caros Seminaristas, todos vós irmãos e irmãs que encheis as naves desta Sé de Beja na última celebração da Quaresma deste ano:

    Vós sereis chamados sacerdotes do Senhor e tereis o nome de ministros do nosso Deus. (Is.61,6)

    Ouvimos estas palavras do profeta Isaías na primeira leitura desta celebração. Pelo Batismo e pelo sacramento da Ordem, somos realmente sacerdotes do Senhor e ministros, servos do nosso Deus. Herdámos de Jesus Cristo a Sua mesma missão profética, sacerdotal e real, participamos da Sua profecia, do Seu sacerdócio e do Seu pastoreio como ministros, como servos. Não por acaso fomos ordenados diáconos antes da ordenação presbiteral.

    18/04/2019
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  • PRIMEIRA LEITURA (Êxodo 12, 1-8. 11-14): Prescrições sobre a ceia pascal.

    A Páscoa é a festa judaica mais importante do judaísmo. É antiquíssima e celebrava-se antes da saída do Egipto quando o povo nómada celebrava a chegada da Primavera. Mas a celebração da Páscoa, que o livro do Êxodo nos explica, associa a intervenção libertadora de Deus à festa. O elemento mais significativo deste ritual é o sangue, que primitivamente afugentava o mal e que aqui identifica os membros do povo de Israel. O sangue é propriedade do próprio Deus, porque é o único que pode dar a vida, e pertence à sua potestade.
    A festa pascal identifica-se sobretudo com o pão sem fermentar e o cordeiro pascal, que tinha de ser sacrificado escrupulosamente seguindo as normas da pureza. No tempo de Jesus, a vítima tinha de ser imolada no templo de Jerusalém. No final do texto aparece o acto de recordar, de fazer memória para sempre do que Deus fez pelo seu povo.

    SEGUNDA LEITURA (I Coríntios 11, 23-26): «Todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciareis a morte do Senhor».

    15/04/2019
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  • «Exorto-vos a viver intensamente estes dias, para que eles orientem decididamente a vida de cada um para a adesão generosa e convicta a Cristo, morto e ressuscitado por nós» (Bento XVI).

    No final da quaresma, vivemos a Semana Santa, ocasião para vivenciar os últimos acontecimentos que antecedem a Paixão e morte do Senhor Jesus, envolvidos da experiência dolorosa e dramática, até ao ponto de, humanamente, se poder perguntar se foi abandonado pelo próprio Deus. Um dos que estava com Ele à mesa, na maior intimidade, o havia de entregar (Judas Iscariotes) e Pedro, pouco tempo depois, "antes do galo cantar", o negaria três vezes.
    A celebração do Tríduo Pascal é o centro do ciclo da Páscoa e também de toda a Liturgia e da vida da Igreja.

    O tríduo tem início com a QUINTA-FEIRASANTA onde celebramos a Instituição da Eucaristia, o dom do Sacerdócio e recebemos o Mandamento Novo: "Amai-Vos uns aos outros como Eu vos amei". Na fração do pão, o próprio Jesus faz-se alimento para o homem pecador que não desiste de se querer levantar para continuar a caminhar na presença de Deus, rumo à eternidade.

    10/04/2019
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    Entre a Diocese e a Paróquia, encontramos os Arciprestados ou zonas pastorais compostas por várias Paróquias com características geográficas e socioculturais semelhantes, ou relativamente idênticas, com a finalidade de unir a acção pastoral dos agentes pastorais que trabalham nesse território mais alargado.
    A paróquia, referência para todos os batizados, na sua configuração social tem sofrido alterações profundas nos últimos tempos e nelas crescem as dificuldades para que os seus membros se sintam participantes de uma verdadeira comunidade cristã. Por isso, muitos preferem situar-se na cómoda posição de “fregueses” que a ela acorrem segundo a medida das suas necessidades, gostos ou simpatias consoladoras. No caso de se sentirem insatisfeitos, a mobilidade dos tempos modernos facilita-lhes a ida à Paróquia vizinha mais próxima.
    Face ao desafio de renovar as Paróquias, em função da sua missão, julgo que devemos valorizar o papel dos Arciprestados.

    1. Natureza e missão dos Arciprestados

    10/04/2019
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  • DEIXARAM-NOS PARTIR

    Outrora, em Antioquia da Síria, cristãos leigos, abertos à voz do Espírito Santo constituíram-se em comunidade e depressa receberam Barnabé, um outro recém-convertido que, indiferente aos Planos Pastorais de então, faz o inesperado: foi a Tarso, chamar Saulo, a fim de ambos se entregarem à evangelização. Com o trabalho de ambos, e na fidelidade ao Espírito, surgiu em Antioquia da Síria uma comunidade cristã viva, com grande fervor nas obras da fé e caridade, extremamente generosa não apenas para com os seus pobres e os de longe, necessitados materialmente, mas também nos missionários que dela puderam partir, a fim de que o Evangelho rapidamente fosse anunciado e acolhido pelas populações de outras terras.   

    Com base no Livro dos Actos dos Apóstolos, facilmente podemos concluir quanto à vivacidade da comunidade cristã de Antioquia que bem depressa parece ter superado a Igreja mãe de Jerusalém. Na sua estrutura, a diversidade de ministérios; na sua vida, a espiritualidade, a oração, o jejum e a celebração da Eucaristia; na comunhão de vida, o amor fraterno concretizado na caridade surpreendente para com todos, incluindo os de fora, mormente para com a comunidade de Jerusalém, aquando de uma situação de crise e fome.

    10/04/2019
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  • A Paróquia e a Diocese

    A Paróquia compreende-se na sua relação permanente com a Igreja particular ou diocese, unidade eclesial completa e comunidade evangelizadora essencial e plena (CD 11). Os cristãos de um determinado território, rural ou citadino, pela Paróquia, vivem a comunhão de fé, culto e missão com a Igreja diocesana. Ela é um elemento básico da Igreja particular, de tal modo que a Exortação Apostólica pós-sinodal ChristifidelesLaici (nº 26) nela coloca a “expressão mais imediata e visível” da comunhão eclesial, acrescentando a necessidade de que “todos redescubramos, na fé, a verdadeira face da Paróquia. Ainda que pobre nas pessoas e nos seus meios, dispersa por vastos territórios ou escondida na modernidade de bairros “populosos e caóticos”, ela será sempre a família de Deus, animada pelo espírito de unidade, chamada a apresentar-se como “uma casa de família, fraterna e acolhedora”, idónea para celebrar a Eucaristia.

    Normalmente, a Igreja particular ou diocese organiza-se, local e territorialmente através da rede paroquial. O núcleo essencial da paróquia não se encontra nos grupos selectos, nem nas pequenas comunidades comprometidas mas antes no “comum do povo cristão”.

    10/04/2019
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  • “Sermão do Encontro”

    Eis O HOMEM”! Foi com estas palavras que Pilatos, quando trouxe Jesus para o Pátio do Pretório, O mostrou à multidão. Vinha coroado de espinhos, tinha sido flagelado, estava revestido com um manto escarlate, que os soldados lhe tinham colocado aos ombros para o escarnecer. Pilatos, que o tinha interrogado e nenhum crime tinha encontrado n’Ele, pensava que, mostrando-o assim, flagelado, coroado de espinhos e desprezado, a multidão se compadecesse. Pelo contrário, aquela multidão, manipulada pelos Corifeus da perseguição a Jesus, gritou com força: “Crucifica-O! Crucifica-O!”

    10/04/2019
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